Procuras em vão, Caminhos à frente

Por toda a minha vida procurei por pessoas normais. Com uma vida normal, emprego normal tipo casa-trabalho/trabalho-casa, família normal, filhos normais, pais também. Tivessem uma vida sem mistério, onde sempre se soubesse o que iria acontecer dali a 5 minutos ou 5 anos. Procurei tudo isso em minha mente, nunca ativamente, tudo isso esteve sempre em minha cabeça. Nunca encontrei ninguém assim, com uma vida assim. Nunca. E agradeço por isso, imensamente. Agradeço por ter conhecido pessoas interessantes, vidas interessantes, interessadas em viver, em construir a vida, laços afetivos, preocupadas em ser um amigo, não em tê-los somente. Agradeço por conhecer vidas com surpresa, com futuro a ser descoberto, construído, inventado e reinventado. E se não gostar, se faz de novo. Juntos.

É, acho que não gosto mais de pessoas normais. Não acredito mais nelas, não acho que existam. Existem apenas as que querem parecer.

Tenho pais que construíram suas vidas baseadas em paixão. Paixão por tudo. Pelo trabalho, pela vida, por mim, pela família, pela felicidade própria e do outro. Muitas vezes a gente procura o que não tem, no meu caso, a mesmice. Foi isso que procurei a vida toda. E é isso que não quero mais, quero caminhar como as pessoas que encontrei na vida, apaixonada pelo que virá, pois sou eu que vou fazer, cada passo, com todas as surpresas que a vida me puser na frente, e vou abraçar cada uma delas, jogar fora as que não me interessar e levar comigo as que eu me apaixonar, mas eu quero é conhecer. E comigo, levarei, também, meus amigos e toda a paixão que têem por suas vidas, pelo que construíram, pelos sonhos que não abandonaram e por não desistir de novos sonhos, levarei sempre o amor e a coragem que as pessoas da minha vida me ensinaram.

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