Família (s)

Família? Tenho três. Ou mais. De todas as formas e com todos os tipos de pessoas.
Têm aqueles que eu não conheço, e sei que não vou conhecer. Outros vi uma ou duas vezes na vida e nunca mais. Por alguns, lamento. Por outros, não. Há os que amo muito., os que gosto, os que simplesmente tolero, por amor àqueles mais teimosos. Já me decepcionei com quem um dia acreditei ter amado (??).


Mas há a parte da minha família que mais me deixa surpresa e feliz. Faliz por saber que sou amada e surpresa por ver tanto desprendimento neles a ponto de ter sempre mais um pouquinho de amor prá dar. Por olhar pro rosto de cada um deles e sentir o carinho que sentem por mim.

Tentei entender o porquê de de tanto afeto. Por quê me tratavam como se fosse um deles? Um dia desisti de procurar respostas, entendi que, se me tratavam como um, é porquê eu era um deles também e então percebi que essa nuvem de carinho que nos envolve é por amor.
Com eles aprendi que laços consanguíneos não constroem uma família obrigatoriamente. É o amor, carinho, afeto e cuidado que fazem uma família, é a preocupação com a felicidade e o bem-estar do outro.

Sim, eu tenho sorte. Sorte por ser amada e cuidada pela(s) minha(s) família(s). Por ter nelas um porto seguro, sim. Por saber que ninguém me tolera, me amam, pois nenhum têm obrigações comigo, apenas gostam.
Hoje, percebo que esse amor recíproco é, em parte, responsável por eu ser uma pessoa melhor, mais feliz e com o coração maior e mais aberto.

Escrever ou não escrever ?

Sempre gostei de escrever, mas nunca o fiz, nunca levei a sério. Admito que por preguiça e muitas vezes por não acreditar que pudesse ficar bom, acreditar somente no fracasso, mas também por culpa de uma tendinite que faz com que doa da ponta dos dedos ao ombro e que acredito que já morasse no meu punho direito muito antes de eu descobrí-la, mas quando leio alguma crônica, coluna, ou mesmo alguns blogs, sinto uma enorme admiração e uma vontade imensa de escrever também.

Estou decidida. A preguiça não me ganha mais, vou deixá-la apenas para as tardes de domingo. Hoje, exatamente hoje, resolvi deixar de lado a preguiça e só lembrar da tendinite quando o texto terminar, mesmo que eu escreva três folhas frente e verso (Ai meu Deus!! O que eu estou fazendo?? Cadê meu antiinflamatório??).

Por anos a fio (acredito que mais de 10) anulei esse meu desejo, mas agora vou tentar. Resolvi escrever sem motivo, ou por todos eles, sem data especial, sem um destinatário apenas. Decidi escrever prá mim, pro mundo, por vontade, por bom ou mau humor, alegria ou tristeza, em dias chuvosos ou ensolarados.

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